Logo ASBAI

Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Resultado da Busca

A busca para o autor ou co-autor encontrou: 12 resultado(s)


As múltiplas faces do L Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia

Mara Morelo Rocha Felix

Braz J Allergy Immunol. 2023;7 (Supl.1)(0):S1-S2

PDF Português

Asma em adolescentes: o que o estudo ERICA nos mostrou?

Asthma in adolescents: what did ERICA study show us?

Mara Morelo Rocha Felix1,2; Fábio Chigres Kuschnir2,3; Érica Azevedo de Oliveira Costa Jordão2,4; Maria Cristina Caetano Kuschnir5; Katia Vergetti Bloch6

Braz J Allergy Immunol. 2023;7(3):241-248

Resumo PDF Português PDF Inglês

A asma é uma doença heterogênea caracterizada pela história de sintomas respiratórios que variam de intensidade e ao longo do tempo. Devido à sua alta prevalência, constitui um problema mundial de saúde pública, atingindo todas as faixas etárias, em especial crianças e adolescentes. O objetivo deste artigo foi analisar as produções científicas sobre asma baseadas no Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). Trata-se de uma revisão narrativa incluindo os artigos originais sobre asma baseados nos dados do ERICA, publicados em periódicos indexados em inglês e português. O ERICA foi um estudo multicêntrico nacional realizado em 2013 e 2014, que investigou a prevalência de asma e fatores de risco cardiovascular, incluindo obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, e a associação entre esses fatores, em adolescentes de 12 a 17 anos, estudantes de escolas públicas e privadas de municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes. Nos cinco estudos selecionados, foi possível demonstrar que a prevalência de asma foi significativamente maior entre adolescentes do sexo feminino em todas as capitais e macrorregiões do Brasil, com predomínio da doença na região Sudeste do nosso país. Além disso, a asma esteve fortemente associada ao tabagismo (passivo e ativo) e foi associada à duração curta do sono. Por outro lado, não esteve associada com os níveis séricos de vitamina D. Em relação aos parâmetros metabólicos, foi observado que a síndrome metabólica e alguns de seus componentes, como a circunferência abdominal, estiveram significativamente associados à asma grave em adolescentes brasileiros.

Descritores: Asma, adolescente, tabagismo, síndrome metabólica, sono.

Atualização em reações de hipersensibilidade aos anestésicos locais

Update on local anesthetics hypersensitivity reactions

Fernanda Casares Marcelino1; Mara Morelo Rocha Felix; Maria Inês Perelló Lopes Ferreira4; Maria Fernanda Malaman5; Marcelo Vivolo Aun6,7; Gladys Queiroz8; Inês Cristina Camelo-Nunes9; Ullissis Pádua Menezes10; Adriana Teixeira Rodrigues11; Denise Neiva de Aquino9; Luiz Alexandre Ribeiro da Rocha8; Ana Carolina D'Onofrio e Silva6; Tânia Maria Gonçalves Gomes12; Diogo Costa Lacerda6

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(1):63-70

Resumo PDF Português PDF Inglês

Os anestésicos locais são essenciais em diversos procedimentos médicos e odontológicos. Funcionam estabilizando as membranas neuronais e inibindo a transmissão de impulsos neurais, o que permite a realização desses procedimentos com mais segurança e sem dor. As reações adversas a drogas são definidas pela Organização Mundial da Saúde como todos os efeitos nocivos, não intencionais e indesejáveis de uma medicação, que ocorrem em doses usadas para prevenção, diagnóstico e tratamento. As reações de hipersensibilidade são reações adversas do tipo B, imprevisíveis, que clinicamente se assemelham a reações alérgicas e podem ou não envolver um mecanismo imune. As reações de hipersensibilidade verdadeiras aos anestésicos locais são raras, apesar de superestimadas. Nesta revisão destacamos a necessidade de uma avaliação completa dos pacientes com suspeita de reação alérgica aos anestésicos locais, incluindo a investigação de outros possíveis alérgenos que tenham sido utilizados no procedimento, como analgésicos, antibióticos e látex. A estratégia de investigação e seleção de pacientes para testes deve se basear na história clínica. Dessa forma, poderemos fornecer orientações mais assertivas e seguras aos pacientes.

Descritores: Anestésicos locais; ésteres; amidas; hipersensibilidade a drogas; lidocaína.

Atualização em reações de hipersensibilidade aos anti-inflamatórios não esteroidais - Parte 1: definições, farmacologia, epidemiologia, fisiopatologia e fatores genéticos

Update on hypersensitivity reactions to nonsteroidal anti-inflammatory drugs - Part 1: definitions, pharmacology, epidemiology, pathophysiology, and genetics

Marcelo Vivolo Aun1,2; Rosana Câmara Agondi2; Diogo Costa Lacerda2; Ullissis Pádua Menezes3; Maria Inês Perelló4; Adriana Teixeira Rodrigues5; Ana Carolina D'Onofrio-Silva2; Tânia Maria Gonçalves Gomes6; Luiz Alexandre Ribeiro da-Rocha7; Denise Neiva Santos de Aquino8; Fernanda Casares Marcelino9; Gladys Queiroz7; Maria Fernanda Malaman10; Inês Cristina Camelo-Nunes8; Mara Morelo Rocha Felix11,12,13

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(3):307-317

Resumo PDF Português PDF Inglês

Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) estão entre os medicamentos mais utilizados no mundo e são os fármacos mais frequentemente associados à ocorrência de reações de hipersensibilidade na América Latina. As reações têm grande variabilidade de apresentações clínicas e, consequentemente, com abordagem terapêutica difícil. Nesta revisão, abordamos aspectos farmacológicos dos AINE, bem como as definições, epidemiologia e fisiopatologia das reações de hipersensibilidade aos AINE. Por fim, discutimos aspectos genéticos associados à intolerância e alergia a esses fármacos.

Descritores: Anti-inflamatórios não esteroidais, hipersensibilidade, farmacologia/fisiopatologia, genética.

Atualização em reações de hipersensibilidade aos anti-inflamatórios não esteroidais - Parte 2: manifestações clínicas, fenótipos, diagnóstico e manejo

Update on hypersensitivity reactions to nonsteroidal anti-inflammatory drugs - Part 2: clinical features, phenotypes, diagnosis, and management

Marcelo Vivolo Aun1,2; Rosana Câmara Agondi2; Diogo Costa Lacerda2; Ullissis Pádua Menezes3; Maria Inês Perelló Lopes Ferreira4; Adriana Teixeira Rodrigues5; Ana Carolina D'Onofrio-Silva2; Tânia Maria Gonçalves Gomes6; Luiz Alexandre Ribeiro da-Rocha7; Denise Neiva Santos de Aquino8; Fernanda Casares Marcelino9; Gladys Queiroz7; Maria Fernanda Malaman10; Inês Cristina Camelo-Nunes8; Mara Morelo Rocha Felix11,12,13

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(4):468-482

Resumo PDF Português PDF Inglês

Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) são os fármacos mais frequentemente associados a reações de hipersensibilidade (RH) na prática clínica. Na parte 2 dessa atualização sobre as RH aos AINE, discutiremos os aspectos clínicos dessas reações, com foco nos sinais e sintomas, como diferenciar os fenótipos clínicos, fazer a orientação desses pacientes e quando indicar procedimentos complementares, como testes cutâneos, de provocação e dessensibilização.

Descritores: Anti-inflamatórios não esteroidais, hipersensibilidade a drogas, fenótipo.

Destaques do I Workshop de Alergia a Medicamentos em Crianças

Highlights from the I Workshop on Drug Allergy in Children

Mara Morelo Rocha Felix1,7; Luis Felipe Chiaverini Ensina2; Gladys Reis e Silva de Queiroz3,7; Maria Inês Perelló4; Cristiane de Jesus Nunes dos Santos5; Carolina Sanchez Aranda6

Braz J Allergy Immunol. 2015;3(6):233-240

Resumo PDF Português

Em novembro de 2015 foi realizado o I Workshop de Alergia a Medicamentos em Crianças no Brasil. Este encontro científico foi organizado pelo Grupo de Assessoria em Alergia a Medicamentos da Associaçao Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), com o objetivo de discutir os aspectos mais relevantes e peculiares das reaçoes de hipersensibilidade a medicamentos (RHM) em crianças. A hipersensibilidade a drogas em crianças é pouco conhecida. Muitos algoritmos utilizados em adultos sao replicados em crianças, sem pesquisas específicas nesta faixa etária. As crianças com suspeita de RHM devem ser avaliadas através da história clínica que irá orientar quanto à necessidade da realizaçao de exames complementares (testes in vivo e in vitro). As infecçoes podem atuar como cofatores ou como diagnósticos diferenciais. Existem protocolos desenvolvidos especificamente para essa faixa etária. Um exemplo é a investigaçao dos exantemas benignos nao imediatos associados ao uso de beta-lactâmicos (BLs). Nesses casos, o teste de provocaçao oral (TPO) é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico. Na hipersensibilidade aos anti-inflamatórios nao esteroidais (AINEs), o TPO também pode auxiliar no diagnóstico e na busca de uma alternativa segura. A abordagem dos pacientes com reaçoes vacinais constitui outra importante área da alergia pediátrica. Nesses casos, o conhecimento da relaçao risco vs. benefício pode evitar exclusoes desnecessárias. O presente artigo foi elaborado a partir das discussoes ocorridas durante o Workshop. Seu objetivo é apresentar os principais pontos ressaltados nas aulas e fazer algumas recomendaçoes relacionadas à hipersensibilidade a medicamentos na faixa etária pediátrica.

Descritores: Hipersensibilidade a drogas, diagnóstico, criança.

Erupção fixa bolhosa generalizada após reexposição à dipirona: relato de caso e revisão da literatura

Generalized bullous fixed drug eruption after reexposure to dipyrone: a case report and literature review

Nathalia Mota Gomes Almeida1; Maria Inês Perelló Lopes Ferreira2; Mara Morelo Rocha Felix3

Braz J Allergy Immunol. 2020;4(3):347-353

Resumo PDF Português

A erupção fixa à droga (EFD) é uma reação de hipersensibilidade tardia a medicamentos caracterizada por máculas ou pápulas eritematosas, violáceas ou acastanhadas, bem demarcadas, que aparecem após uso de uma medicação, e reaparecem na mesma localização após exposições repetidas. A erupção fixa à droga bolhosa generalizada (EFDBG) é uma variante rara da EFD que foi recentemente incluída pelo RegiSCAR no grupo das farmacodermias graves. Apresenta-se através de lesões cutâneas generalizadas características de EFD, com formação de bolhas, geralmente em pacientes com história prévia de EFD. Os principais medicamentos envolvidos na EFDBG são antibióticos e anti-inflamatórios não esteroidais. O diagnóstico é clínico, entretanto, a biópsia cutânea na fase aguda e o teste de contato após a recuperação do paciente, podem auxiliar a investigação. O tratamento requer geralmente apenas a suspensão do fármaco suspeito e medidas de suporte. Relatamos um caso de EFDBG em adolescente após reexposição à dipirona (metamizol) apesar da história prévia de hipersensibilidade a esta medicação. O objetivo deste relato é alertar sobre a importância do diagnóstico da EFDBG e ressaltar os principais pontos para o diagnóstico diferencial com a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)/necrólise epidérmica tóxica (NET).

Descritores: Erupção por droga, hipersensibilidade a drogas, anti-inflamatórios não esteroides, dipirona.

Hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroidais em crianças: relato de dois casos e revisão das novas classificações

Hypersensitivity reactions to nonsteroidal anti-inflammatory drugs in children: report of two cases and review of new classifications

Mara Morelo Rocha Felix1,2; Gladys Reis e Silva de Queiroz3; Carolina Sanchez Aranda4,5; Marcelo Vivolo Aun6,7; Ullissis Pádua de Menezes8; Adriana Teixeira Rodrigues9; Inês Cristina Camelo-Nunes5; Monica Soares de Souza1; Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho10; Maria Fernanda Malaman11

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(4):410-416

Resumo PDF Português

Os anti-inflamatórios nao esteroidais (AINEs) sao amplamente utilizados para tratamento de dor e/ou febre em crianças. Atualmente, constituem a principal causa de reaçao de hipersensibilidade (RH) a medicamentos em adultos e crianças de vários países, inclusive do Brasil. Existem dois mecanismos envolvidos nessas reaçoes: mecanismos nao imunológicos (devido à inibiçao da enzima ciclooxigenase), e mecanismos imunológicos responsáveis pelas reaçoes alérgicas (mediadas por IgE ou células T). As reaçoes mais comuns em crianças e adolescentes sao aquelas decorrentes de mecanismos nao imunológicos. As manifestaçoes clínicas variam desde urticária/angioedema/anafilaxia, que ocorrem em poucos minutos a horas após a administraçao do AINE, até reaçoes tardias, que podem surgir vários dias após o início do tratamento. A história clínica detalhada é fundamental para o diagnóstico. Os testes in vitro sao pouco validados, mas os testes cutâneos podem ser realizados nos casos de suspeita de uma RH seletiva, com provável mecanismo imunológico. O teste de provocaçao oral (TPO) é considerado o padrao ouro para o diagnóstico, e pode auxiliar na escolha de uma alternativa segura. Este artigo relata dois casos de hipersensibilidade a AINEs em crianças que ilustram tipos diferentes de mecanismos (nao imunológico e imunológico) com manifestaçoes clínicas distintas: urticária (imediata) e erupçao fixa por droga (nao imediata). Existe dificuldade na classificaçao das RHs aos AINEs, assim como ocorreu em um dos casos descritos. Portanto, há necessidade de mais estudos nessa área buscando ampliar o conhecimento e melhorar a avaliaçao e seguimento dessas crianças com RH a AINEs.

Descritores: Anti-inflamatórios, hipersensibilidade a drogas, criança.

Reatividade cruzada entre betalactâmicos: uma abordagem prática

Cross-reactivity among beta-lactams: a practical approach

Ullissis Pádua Menezes1; Marcelo Vivolo Aun2,3; Mara Morelo Rocha Felix4,5,6; Adriana Teixeira Rodrigues7; Ana Carolina D'Onofrio-Silva3; Denise Neiva Santos de Aquino8; Diogo Costa-Lacerda3; Fernanda Casares Marcelino9; Gladys Queiroz10; Inês Cristina Camelo-Nunes8; Luiz Alexandre Ribeiro da Rocha10; Maria Inês Perelló11; Tânia Maria Gonçalves de Souza Gomes12,13; Maria Fernanda Malaman14

Braz J Allergy Immunol. 2021;5(4):371-384

Resumo PDF Português PDF Inglês

Os betalactâmicos são a classe de drogas que mais causam reações de hipersensibilidade envolvendo um mecanismo imunológico específico, e são os principais desencadeantes entre os antimicrobianos. São representados pelas penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos, monobactâmicos e inibidores da betalactamase. A estrutura química básica destes fármacos consiste na presença dos seguintes componentes: anel betalactâmico, anel adjacente e cadeias laterais, sendo todos potenciais epítopos. Os anticorpos da classe IgE e linfócitos T estão frequentemente envolvidos no reconhecimento desses epítopos. A reatividade cruzada depende da estabilidade dos produtos intermediários (determinantes antigênicos) derivados da degradação dos anéis betalactâmicos, anéis adicionais e da semelhança estrutural das cadeias laterais entre as drogas. Classicamente acreditava-se num grande potencial de reatividade cruzada dentro de cada classe e até entre as classes, mas estudos da última década mostraram que indivíduos alérgicos à penicilina (com testes cutâneos positivos) reagiam às cefalosporinas em aproximadamente 3% dos casos, aos carbapenêmicos em cerca de 1%, e praticamente não reagiam aos monobactâmicos. Essa reatividade ou tolerância parece estar vinculada ao grau de similaridade entre as cadeias laterais desses antibióticos. Nesta revisão, ressaltamos a importância da investigação sistematizada na confirmação ou exclusão de alergia aos betalactâmicos, descrevemos a prevalência da reatividade cruzada entre estes fármacos e sugerimos um algoritmo de abordagem desses pacientes baseados em sua estrutura química e nos dados publicados na literatura.

Descritores: Betalactamas, penicilinas, cefalosporinas, hipersensibilidade a drogas.

Resposta ao dupilumabe na dermatite atópica grave sem uso prévio de imunossupressor sistêmico durante a pandemia de COVID-19

Response to dupilumab in severe atopic dermatitis without prior use of systemic immunosuppressive agents during the COVID-19 pandemic

Mara Morelo Rocha Felix1,2; Laira Vidal da Cunha Moreira1; Ana Carolina de Moura Rocha Teixeira Miranda1; Nathalia Mota Gomes Almeida1

Braz J Allergy Immunol. 2021;5(4):416-421

Resumo PDF Português PDF Inglês

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada por intenso prurido e eczema recorrente. Acomete principalmente a infância, mas tem se tornado bastante prevalente em adolescentes e até em adultos. Apesar de ser geralmente não fatal, apresenta uma carga psicossocial importante para os pacientes e seus familiares. O tratamento da DA envolve a hidratação cutânea e medicações anti-inflamatórias. Em casos graves, pode haver necessidade de terapia sistêmica com imunossupressores como ciclosporina, metotrexato e azatioprina. Mais recentemente, alguns imunobiológicos estão em desenvolvimento para controle da DA. O dupilumabe é um anticorpo monoclonal com ação dupla anti-IL-4/IL-13, liberado para tratamento de crianças a partir de 6 anos com DA grave e adolescentes/adultos com DA moderada a grave. O objetivo deste artigo foi relatar uma série de casos de pacientes adolescentes e adultos com DA grave e sua resposta ao dupilumabe durante a pandemia do COVID-19. Trata-se de quatro pacientes (três do sexo feminino), com piora significativa da DA durante o ano de 2020. Todos tinham história de DA desde a infância, com exames complementares evidenciando sensibilização IgE-mediada para ácaros. Já haviam sido submetidos a diversos tratamentos tópicos e sistêmicos, inclusive a cursos de corticosteroides orais. Nenhum deles havia recebido imunossupressor sistêmico, porém estavam recusando este tipo de tratamento devido ao medo da pandemia. Todos apresentaram boa resposta ao dupilumabe, evidenciada pela redução do número de lesões cutâneas e prurido, com poucos efeitos colaterais. Dois pacientes apresentaram sintomas sugestivos de COVID-19 durante o tratamento com dupilumabe (um com confirmação por PCR), com boa evolução. Concluindo, os pacientes com DA grave possuem grande impacto na qualidade de vida e, durante a pandemia de COVID-19, muitos apresentaram piora significativa do seu quadro dermatológico. Nesse contexto, o dupilumabe se mostrou uma opção terapêutica eficaz e segura para tratamento destes pacientes.

Descritores: Dermatite atópica, anticorpos monoclonais, imunossupressores, qualidade de vida, COVID-19.

Testes <i>in vivo</i> nas reações de hipersensibilidade a medicamentos - Parte I: testes cutâneos

In vivo tests in hypersensitivity drug reactions - Part I: skin tests

Marcelo Vivolo Aun1,2; Maria Fernanda Malaman3; Mara Morelo Rocha Felix4,5; Ullissis Pádua Menezes6; Gladys Reis e Silva de Queiroz7; Adriana Teixeira Rodrigues8; Carolina Sanchez Aranda9,10; Inês Cristina Camelo-Nunes9; Dirceu Solé9; Norma de Paula M. Rubini11

Braz J Allergy Immunol. 2018;2(4):390-398

Resumo PDF Português

As reações de hipersensibilidade a medicamentos são frequentes na prática clínica e são consideradas problema de saúde pública. O diagnóstico inclui, após detalhada história clínica, a realização de testes in vivo: cutâneos ou de provocação. Recentemente, estes testes foram aprovados pela Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira para inclusão tanto no SUS, como na Saúde Suplementar, o que facilitará o acesso dos pacientes a estas ferramentas. Nesta revisão, abordaremos com mais detalhes as indicações, técnica e impacto da utilização dos testes cutâneos com fármacos na prática clínica.

Descritores: Alergia a medicamentos, hipersensibilidade, diagnóstico, testes cutâneos.

Testes <i>in vivo</i> nas reações de hipersensibilidade a medicamentos - Parte II: testes de provocação

<i>In vivo</i> tests in hypersensitivity drug reactions - Part II: provocation tests

Marcelo Vivolo Aun1,2; Maria Fernanda Malaman3; Mara Morelo Rocha Felix4,5; Ullissis Pádua Menezes6, Gladys Queiroz7; Adriana Teixeira Rodrigues8; Carolina Sanchez Aranda9,10; Inês Cristina Camelo-Nunes9; Dirceu Solé9; Norma de Paula M. Rubini11

Braz J Allergy Immunol. 2019;3(1):7-12

Resumo PDF Português

O diagnóstico das reações de hipersensibilidade a medicamentos é baseado na história clínica, seguida pela realização de testes in vivo, que podem ser cutâneos ou de provocação. Os testes de provocação são considerados o padrão-ouro no diagnóstico, sendo importantes tanto para a confirmação diagnóstica como para o encontro de opções terapêuticas seguras. Recentemente, assim como os testes cutâneos, as provocações com medicamentos foram aprovadas pela Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira para uso no diagnóstico das reações a drogas. Nesta revisão, nosso foco serão as indicações, contraindicações e método dos testes de provocação com medicamentos.

Descritores: Hipersensibilidade a drogas, diagnóstico, alergia e imunologia.

2024 Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

Rua Domingos de Morais, 2187 - 3° andar - Salas 315-317 - Vila Mariana - CEP 04035-000 - São Paulo, SP - Brasil - Fone: (11) 5575.6888

GN1 - Sistemas e Publicações